Foi An American Family ("Uma Família Americana"), produzido pela rede de
TV americana PBS e exibido em 1973. O público acompanhou o dia-a-dia de
um casal da Califórnia e seus cinco filhos em 12 episódios. Ao contrário
dos programas atuais, o "bisavô" do Big Brother não distribuiu prêmios
milionários para os participantes, mas exibiu momentos que ficaram
marcados na história da TV americana. Num episódio, a mãe da família
pediu divórcio ao marido. Em outros capítulos, Lance Loud, um dos filhos
- que não escondeu sua homossexualidade - chegou a usar batom e roupas
femininas. O pioneirismo do programa causou impacto no público e na
crítica e inspirou produções semelhantes em outros países. Em 1974 foi
feito na Inglaterra um reality show chamado The Family ("A Família"). An
American Family também inspirou, décadas depois, o programa da MTV The
Real World, de 1991, exibido no Brasil com o nome Na Real. Ele foi um
tremendo sucesso ao mostrar o cotidiano de jovens desconhecidos morando
num mesmo apartamento. Mas nada se compara ao sucesso da fórmula do Big
Brother, desenvolvido pela produtora holandesa Endemol e hoje exibido em
17 países. No Brasil o programa ruma para a nona edição e continua
despertando a curiosidade do público. "Ele fascina porque oferece uma
chance de participação, através do voto, no destino real dos
competidores. É como uma gincana em que cada telespectador se liga a
todos os outros e aos participantes em uma rede. O sentir-se conectado
responde em grande medida pelo fascínio gerado pelo gênero", afirma a
antropóloga Esther Hamburger, da Universidade de São Paulo (USP).
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