Ana Paula deixou o "BBB16" sem ter direito ao tradicional "discurso
da eliminação", feito por Pedro Bial, nas noites de terça-feira. A única
coisa que ela ouviu, na manhã deste sábado (05), foi a voz impessoal do
chefão Boninho no confessionário: "A senhora está eliminada".
Ainda assim, a jornalista teve direito a um outro tipo de homenagem do
apresentador, doze horas depois, na noite de sábado – o "discurso da
desclassificação", que mereceu por ter dado dois tapas na cara de
Renan.
Aos espectadores indignados com as
atitudes de Ana Paula no programa, Bial foi logo dizendo: "O "BBB" não é
necessariamente vitrine de virtudes nem de vícios. Tantas vezes
desrespeitosa e desequilibrada, Ana Paula não é um exemplo, mas merece
toda compaixão e nos inspira à reflexão".
Compaixão? O apresentador tentou explicar, em chave poética, como gosta.
Primeiro, reconheceu: "Você passou do ponto, passou muito do ponto".
Mas teve um mérito, disse: "Você engrandeceu o jogo ao relativizar
falsos bem e mal absolutos."
Talvez no melhor
trecho do discurso, Bial observou: "Não teve medo de ser odiada como
vilã e foi amada como anti-heroína". E corretamente lembrou: "Mesmo na
hora da briga, não perdia o humor. Pois enxerga o ridículo de nossas
paixões e tem a grande virtude de saber rir de si mesma".
Por fim, meio psicólogo, Bial perguntou: "Você, criança perversa ou
criança perdida? A um só tempo mimada e carente." E justificou a
desclassificação como um gesto de carinho paternal do programa: "O "BBB"
te deu limite, uma forma muito generosa de amar".
Nenhum comentário:
Postar um comentário